20.1.17

metas para o ano novo

Esses dias eu estava organizando algumas coisas no meu quarto e acabei achando o caderninho onde em 2015 escrevi minhas metas para 2016. Na verdade, eu acho que escrevi no início de 2016 mesmo, enfim. Eram poucas, bem poucas, e muito mais realizações do que coisas materiais. Aliás, eram apenas realizações. Emagrecer, entrar na faculdade, avançar no inglês eram as principais. Logo abaixo de onde estava escrito cada uma dessas metas tinham algumas formas de como realizá-las. Tinha lido em algum lugar que ficava mais fácil de alcançar suas metas quando você anotava também as maneiras que você usaria para alcançá-las. 

E não discordo. Inclusive, concordo muito que não basta apenas escrever o que você quer. Acredito que você já saiba disso mas vale lembrar, anotar as metas em um caderno deixá-lo guardado em uma gaveta e esperar que elas se realizem não vai adiantar. A cada ano que você faz isso, mesmo sabendo que não vai adiantar, no final dele (do ano) você vai se queixar de que foi um ano ruim, de que não consegue realizar seus sonhos. Cada um encontra uma forma mais eficaz de correr atrás de suas metas, e essas formas também podem se modificar. Ao ponto que a vida - e nós - também nos modificamos. 

Eu acreditei que escrever as formas como correria atrás das minhas metas para o ano seria a melhor alternativa para alcançá-las, bem, esse ano não foi assim. Ano que vem talvez possa ser. As coisas mudam. Mas foi satisfatório olhar para aquelas metas e ver que, mesmo sem ser da maneira que eu tinha planejado, eu alcancei minhas metas. Sabe, eu não fiquei 30 minutos no Duolingo para melhorar meu inglês, mas ainda assim meu inglês melhorou. Eu descobrir que existiam opções ainda eficazes e que me deixavam muito mais feliz do estar no Duolingo, apesar de muita gente falar que é um ótimo meio para aprender, aquilo não me deixava feliz. E correr atrás de nossas metas tem que ser prazeroso agora também.

Bem, aonde eu quero chegar? Estabelecer metas e meios para cumpri-las é ótimo. Mas dar espaço para a vida nos surpreender é maravilhoso. É lindo olhar para aquelas metas e ver que eu não precisei fazer algo que eu não gostava para alcançar, ver que eu não entrei na faculdade no curso que eu tinha escrito ali, mas o curso que eu estou fazendo agora me faz MUITO feliz. É claro, eu não sei como seria se eu estivesse entrado no curso que estava escrito lá, e na real, eu nem penso nisso. O curso que eu estou agora me traz tanta alegria, realizações, me surpreende, me faz viver coisas que eu imaginava viver só na minha mente. 

O balanço da vida me faz ver que o que eu sonho pode se tornar real. Não, eu não fiquei parada, eu corri atrás do que eu queria, mas a vida me trouxe outros meios, outros planos. E isso me fez - e faz - muito feliz.

Estamos passando da metade de Janeiro, até o momento eu não fiz uma lista física de metas. Tudo o que eu desejo nesse ano cabe na minha mente. E, por enquanto, eu acredito que essa é a chave. Meu planejamento para esse ano é: buscar aquilo que eu consigo guardar na mente. Que eu consigo acordar todos os dias e lembrar. Ou mesmo que eu consigo lembrar em uma situação que me leve a fazer o contrário do que eu mentalizo. O tempo passa e com ele a gente aprende a se adaptar. O que nós achamos ser o melhor ou mais eficaz para nós, pode não ser. Cabe a nós permitir que a vida nos surpreenda.

Busquemos nossas metas para o futuro.  
Mas não nos esqueçamos da felicidade que há no presente.

2.11.16

vontade e amor

Há alguns meses atrás eu li o livro "O Monge e o Executivo", é sobre o que um executivo aprendeu sobre liderança com um monge. Comecei a ler para distrair a mente e não ficar só nos textos da faculdade, quando comecei não dei muito crédito, um livro sobre liderança, mas eu não sou líder de nada. Lendo o livro eu percebi, todos somos líderes de algo. Ser líder não significa comandar uma empresa ou organização. Depois que entendi isso passei a ler com os olhos mais abertos. 

O ponto que eu quero chegar é em relação à vontade e o amor. O monge, Simeão, chegou nesta palavra a partir da pergunta: "Sobre o que se constrói o amor?" "Vontade", foi a resposta. 

Intenções sem ações não resultam em nada. Se quero beber água, me dirijo até o bebedouro e bebo água. Apenas pensar "quero água" e não pegar a água não vai saciar a minha sede. A intenção precede a ação. A intenção e a ação resultam na vontade. Minha vontade é estabelecida quando minhas ações estão de acordo com minhas intenções. O amor se constrói pela vontade. Vontade é comportamento. Amor é comportamento. O amor é o que o amor faz. Por um momento esqueça o amor como um sentimento. Entenda-o como comportamento. 

O amor não se caracteriza apenas por um sentimento que você não consegue explicar. Amor não é apenas como você se sente em relação aos outros. É também como você se comporta em relação a eles. Quando é falado sobre amar o próximo como a si mesmo não significa que você deve sentir amor por um alguém que te fez mal. Mas sim se comportar bem em relação a ela. Por favor, entenda o amor como comportamento lendo esse post. Amar o próximo como a si mesmo é não fazer com ele o que não faria consigo mesmo. 

"Nem sempre posso controlar o que sinto a respeito de outra pessoa, mas posso controlar como me comporto em relação a outras pessoas."

Volta e meia me perguntava como amar mais as pessoas. O que há de errado comigo que não consigo ter amor pelas pessoas? O amor se constrói pela vontade. Intenção + ação. Comportamento. Essa é a resposta. Não consigo amar uma pessoa? Como me comporto em relação a ela? Essa é a chave. É possível desenvolver amor? Sim! O que eu penso em relação aquela pessoa? Só consigo enxergar o que ela faz de errado? Mas ué, eu não erro também? Se reconhecer como humano, reconhecer o outro como humano. Ela erra? Eu também erro. Mas eu também acerto. Ela também acerta. 

Esse livro tem muito a ensinar, não apenas sobre liderança, mas lições para a vida. Decidi escrever um pouco sobre o ponto em que mais me emocionou. Conhecer um novo lado do amor. Entenda: o amor não é apenas um sentimento. Amor também é comportamento. Tudo bem não sentir amor por alguém. Você ainda pode se comportar bem em relação a ela. 

25.9.16

olhar para trás e viver o agora

O que não faltou foi vontade de escrever aqui. Tempo eu também tinha. Então não sei o que me impediu de vir aqui relatar um pouquinho do que tá rolando do lado daqui. Esses dias as responsabilidades da faculdade têm pesado muito em mim. Não que eu tenha prazos que precisam ser cumpridos agora, na verdade só preciso apresentar os trabalhos entre novembro e dezembro. Mas só de pensar nos trabalhos e em fazê-los pra agradar os professores e receber nota boa já fico nervosa. Corro logo pra colocar uma música boa pra tocar, ler um livro, assistir uma série e relaxar. Escrever esse post também está sendo aliviador. 

Apesar desse peso, muitas coisas legais estão rolando por aqui, coisas que eu sempre quis fazer mas por diversos motivos não aconteciam. Nós sempre planejamos algo, almejamos mais do que temos. Olhamos a frente. Olhar para trás normalmente é ligado a desistir, a fraqueza. Mas eu prefiro levar o "olhar para trás" com uma coisa boa. Aliás eu estou sempre olhando para trás, ás vezes até sem querer, me perco nos meus pensamentos e quando vejo estou em anos atrás. Sempre que me perguntam ou que vejo em algum lugar alguém perguntando "o que te inspira?" fico um bom tempo trazendo a memória o que me inspira. Mas tá ai uma coisa que me inspira (e eu descobri agora mesmo escrevendo o post): olhar para trás.


Nesse nosso anseio por querer sempre mais esquecemos de valorizar o que temos hoje. Alguns meses atrás, conversando com uma amiga, me veio essa reflexão. E eu falei mais ou menos o que estou escrevendo agora. Desde então sempre esse pensamento volta a minha mente. Sempre que eu começo a almejar demais e esquecer do que está acontecendo comigo hoje eu paro, respiro e olho para trás. Pensar no que eu era, no que eu fazia, no que eu desejava fazer anos atrás me motiva a acreditar que eu estou no caminho certo. 

É claro, planejar e almejar coisas maiores faz parte de nossa vida. Mas não podemos viver apenas no futuro. Vida é passado, presente e futuro. Aprender com o que passou. Valorizar o agora. Desejar o amanhã. 

E na real eu entrei aqui pra falar sobre esse episódio maravilhoso da foto aí em cima. Meus dedinhos não se seguraram e fugiram pra um rumo diferente mas que não deixa de estar ligado ao motivo inicial de eu vir escrever esse post. A foto em questão eu tirei quando fui assistir a uma partida de vôlei sentado nas Paralimpíadas. Foi um momento incrível. Fazia tempos que eu não vivia toda aquela emoção de torcer e vibrar ao vivo. Aliás, poucas vezes na minha vida isso aconteceu. Então estar ali foi ainda mais maravilhoso. Não era um jogo do Brasil, mas eu torci como se fosse. 

Esse foi um momento que eu não esperava viver. Se eu não estivesse aberta para uma mudança maior lá no início do ano, isso (e tantas outras coisas) não teria acontecido. Olhando para trás eu vejo: estou exatamente onde eu deveria estar. 

1.9.16

setembro e situações

Eu não sei se as pessoas queriam muito que agosto acabasse ou queriam muito que setembro começasse, só sei que a galera tava insistindo numa de agosto eterno que eu eu não vivi. Pelo contrário, passou foi muito rápido. Talvez pelo fato de eu estar vivendo o agora e não o depois. Quando você vive o agora você não sente a vida passar. Quando você se dá conta, passou. E isso é muito bom, quando você está realmente vivendo. Fazendo valer cada segundo. 

Hoje voltando pra casa presenciei uma situação que me fez pensar. Estava no ônibus quando entrou um senhor, ele passou o cartão na máquina e o motorista precisava validar pra ele passar na roleta. O senhor continuou tentando passar mas roleta estava travada (o motorista ainda não tinha liberado). Como passou um tempo e a roleta não foi liberada o senhor precisou passar o cartão de novo. E outra vez ele tentou passar na roleta mas o motorista não tinha liberado. Ele pediu para o motorista liberar a roleta, o motorista simplesmente falou que ele tinha que esperar (em um tom de voz bem alterado), o senhor explicou que estava pedindo pois era a segunda vez que ele passava o cartão, o motorista em tom de voz mais alterado que na primeira vez disse que o problema era dele. Bem com essas palavras. "O problema é seu". Enfim eles ainda levaram alguns minutos de bate boca.

De toda essa situação o que mais me chamou a atenção foi "o problema é seu" e a força dessas palavras juntas. As palavras tomam sentidos diferentes acompanhando as diferentes combinações. A combinação dessas quatro palavrinhas é muito pesada. Ouvir aquilo, mesmo que não fosse direcionado para mim, me deixou muito mal. 

Ultimamente tenho tentando ao máximo me colocar no lugar do outro. Me ver no outro. Naquele momento eu tentei me ver em cada um deles. O motorista e o senhor. Olhando pelo ponto de vista do motorista, talvez ele estivesse em um dia ruim, talvez não fosse da vontade dele estar ali, trabalhando com aquilo, enfrentando trânsito. Por outro lado, talvez também não fosse da vontade do senhor estar ali, pegando um ônibus, enfrentando trânsito (mesmo que de um modo diferente do que o motorista). 

Nós temos o costume de procurar uma base justificar nossas atitudes por mais abusivas, erradas, más, que elas sejam. Achamos que nós sempre temos um motivo para estar estressado. E para descontar esse estresse em outras pessoas. Achamos ainda que o motivo de estarmos estressados é maior (mais válido) que o motivo do outro estar estressado. Ou seja, tomei uma atitude errada com você mas olha a minha situação, enfrento o trânsito todos os dias. E ai o outro vem e diz, mas isso não justifica, eu passo por isso isso isso isso (e ai ele vai dizendo algo que ele acredita ser pior do que o que o outro sofre). 

Nós precisamos parar de procurar justificativas para nossas falhas. Muitas vezes isso acontece involuntariamente. Mudar nossas atitudes é difícil, e envolve uma luta diária contra nós mesmos. Achamos facilmente um motivo para justificar nosso erro em relação ao outro. Que tal procurar um motivo para justificar nosso acerto em relação ao outro? Imaginar algo que te fez feliz naquele dia (sempre tem algo, por menor que seja) e pensar como levar essa felicidade para o outro. Chegar um pouquinho pro lado no ônibus/metrô/trem cheio pra pessoa que está apertada do seu lado ficar um pouquinho mais confortável, segurar a mochila de alguém que está em pé, deixar que aquelas palavrinhas mágicas que aprendemos na escolinha saiam facilmente, ceder o lugar para alguém que parece mais cansado que você, atitudes simples que podem SIM fazer a diferença na vida de alguém. 

13.8.16

a arte de esperar

Toda aquela inspiração dita no post passado voou pra um lugarzinho que olha eu não tô sabendo chegar. Os objetivos pra cada dia eu continuo seguindo. Talvez não esteja rolando uma constância. Mas está acontecendo. 

Já estamos caminhando pra metade de agosto. Aquele mês que dizem durar um ano resolveu surpreender dessa vez e durar, olha só, um mês mesmo. Quase metade do mês e ainda não rolou aquele post onde eu conto um pouco do meu mês, o que eu fiz/ouvi/li etc. A explicação é simples e sincera: não me deu vontade. Parece meio egoísmo. Soa agressivo. Mas digo (escrevo) isso com toda a paz que eu posso ter. É legal, bom, agradável se permitir não ter vontade. Se permitir "não ser obrigada". Comecei a escrever nesse bloguinho aqui pela vontade de colocar pra fora meus pensamentos. Pela vontade de guardar alguns dos momentos legais que vivi/vivo. Pela vontade de em todo post que fizer deixar alguma mensagem pra pessoinha que estiver ai do outro lado lendo. E daí aos poucos (e mesmo com pouquíssimo tempo que criei blog) a coisa de compartilhar sobre o meu mês já estava virando uma obrigação. 

Fiquei um tempinho sem escrever aqui e olha foi bom. Bom pra que eu entenda o motivo de ter começado a escrever. Bom pra entender que, como eu já disse, criei pela vontade de deixar uma mensagem pra cada pessoa que ler os posts. E eu tinha perdido isso. Não gosto de estabelecer mudanças do tipo "agora vai mudar". Não vou chegar aqui e dizer que "a partir de agora vai ser diferente". Mas talvez seja diferente sim. Mas porque algo que é pessoal muda conforme quem está no seu controle muda. Se você ver alguma coisa mudando aqui. É por que eu estou mudando. É por que tem Alguém me mudando. Sim, tem alguém me mudando e eu não tenho vergonha de falar isso. Eu me permito ser mudada por Alguém que vai me tornar uma pessoa melhor.

Eu queria pedir pra você ouvir Me espera, aquela da Sandy c/ Tiago Iorc. Provavelmente você conhece, ou já ouviu falar. Um tempo atrás eu li esse post. Achei lindo nossa muito bom etc e passou. Esses dias essa música apareceu pra mim novamente. Lembrei do post. Comecei a ouvir a música. Chorei. De verdade. Eu me emocionei com essa música. Com essa letra. E eu só posso aceitar que essa letra foi inspirada por alguém maravilhoso. Que nos cerca. Que nos guia. Que nos consola. Que caminha conosco. Que está aí do seu lado agora. Esse alguém é o Espírito Santo. Enviado por Deus a nós. Chorei pois lembrei que tem alguém que "volta já". Ouvindo/cantando essa música eu falo com Ele e ouço a resposta dEle. 

Ainda sobre a espera. Em algum lugar eu li que "a espera é o que a gente faz dela" ou alguma coisa parecida. Tipo algumas dessas frases prontas reflexivas que a galera posta como legenda de selfie. Mas que faz sim algum sentido. Juntando a letra dessa canção com essa frase eu vejo que quando a gente reconhece que tem alguém maior no controle. Quando a gente se aproveita da espera. Quando a gente entende que a espera não precisa ser (E NÃO É) aquele espaço de tempo entre um acontecimento e outro. Quando a gente não se acostuma com "esperar significa não fazer nada". Quando a gente faz a diferença na espera. Quando a gente faz da espera um tempo glorioso. Tudo muda. Ai entra a paz. A esperança. O alívio. E mesmo quando nos perdemos, perdemos o chão, o foco, caímos, deixamos que o temporal nos assuste. Temos um olhar, o Único olhar que nos guia de volta para a paz, a esperança, o alívio, o aconchego, o amor. 

27.7.16

tem que ter um motivo?

Ontem dei a louca e resolvi mudar total o blog. O layout no caso. Depois que eu mudei parei pra pensar e: por que eu fiz isso? As respostas que me vinham não passavam de deu vontade, eu quis, etc. E já não é motivo o bastante? Por que tudo tem que ter um motivo/uma causa maior? A tatuagem nova só é aceita se tiver um belo significado. A viagem pra Índia é quase que inaceitável quando se tem EUA ou Europa no mapa. Eu já fui muito dessas de se perguntar demais o motivo das coisas. E concordo que existem coisas que merecem e devem sim ser questionadas. Nem tudo se faz só por vontade própria, claro. Nós vivemos rodeados de outra pessoas. Não posso fazer algo que vai prejudicar o outro só por que deu vontade. Mas também concordo que existem coisas que às vezes as pessoas só querem fazer. Acho que vem muito da pressão que é colocada em cima das pessoas. Tudo tem que ser muito bem justificado. Se você faz uma coisa nova precisa ter uma motivação maior. 

Se você estuda o ensino médio é pra chegar na faculdade. Chega na faculdade é pra conseguir um emprego. Termina a faculdade faz a pós pra conseguir emprego melhor. Se você namora é pra noivar. Se fica noivo tem que casar. Se casa precisar comprar uma casa. Compra uma casa por que quer ter filho. 

NÃO! Eu posso estudar o ensino médio, terminar e fazer freela viajando pelo mundo. (Talvez não seja tão fácil. Mas não é impossível) Eu posso casar só ter filho 15 anos depois (ou nem ter). Como se a vida fosse uma corrida contra o tempo. Tá namorando? casa logo, tem filho logo. Tá no ensino médio? corre pro vestibular, segue carreira militar, faz concurso público. Essa pressa em fazer coisas, conseguir coisas é o que desenvolve muita doença por aí. 

Você sai do ensino médio, normalmente 17/18 anos e a galera já vem perguntando o que você quer da vida. E se você não sabe o que quer tá perdido. Você tem que ter uma visão lá na frente. E nem só por idade, tem gente que tá ai já trabalhando e ainda assim não sabe o que quer. Eu tenho 17, não sei o que quero da vida, eu tô fazendo faculdade e por enquanto é isso que me move. Super entendo que você precisa de um objetivo, uma meta pra seguir a vida. Mas daí achar que TUDO o que você faz na vida tem que girar em torno disso? Não digo que não tenho metas e não faço coisa pra chegar lá. Eu tenho sim! E luto por elas sim! Mas não é por isso que tudo o que eu faço tem que estar voltado pra chegar na minha meta. Não significa que tudo o que eu faço tem que ter uma motivação maior. Se eu quero viajar o mundo tenho que fazer tudo pra conseguir viajar o mundo. Passar um dia assistindo netflix é abominável. NÃO! 

Passar a vida querendo fazer só coisas que vão me fazer "chegar lá" não faz parte do que entra no meu significado de "viver". Nem tudo o que eu vou fazer vai me levar a ser a "bem sucedida". Nem tudo o que eu vou fazer vai mudar o mundo. E, se eu estiver feliz com isso, tudo bem! 

25.7.16

faculdade de turismo | primeiro periodo

Última semana de julho, última semana do meu primeiro mês de férias. Sim!!! Dois meses de férias!!!! Quando eu soube que seriam dois meses fiquei feliz, claro, agora já não sei se é tão legal assim. Sinto falta da ""rotina"" de faculdade. Mas segue o barco. Passou o primeiro período e eu ainda to naquela de não sei direito o que tá acontecendo mas vou seguindo. Ainda é muita novidade e uma coisa que eu não esperava acontecer, sinceramente não sei como reagir a não ser levar e se deixar levar.

Tinha pensando em escrever esse post pra eu poder ir acompanhando meu desenvolvimento durante os períodos. Depois pensei que era besteira e desisti daí algum dia desses eu tava assistindo um vídeo da Vic que ela respondia perguntas sobre o primeiro semestre dela na faculdade, me senti incentivada a voltar e fazer esse post. Fica ai como lembrança das coisinhas que passei na faculs. Pra começar vale dizer que: amei o lugar onde estudo (apesar de demorar 2h pra ir e 2h pra voltar) e amei a turminha. 

Eu fiz só seis disciplinas que foram as obrigatórias. Transportes e Turismo era a disciplina de segunda, foi a primeira aula que a gente teve e foi bem engraçado porque eu fui pra aula inaugural e não sabia que teria aula depois. Peguei a grade vi lá uma matéria na segunda a tarde mas nem liguei. Daí foi que nessa aula inaugural a professora dessa disciplina falou um pouco e disse "nos vemos mais tarde" eu fiquei bem como assim já tem aula hoje???? Detalhe: minha mãe tinha ido comigo, eu coloquei a agenda (eles deram uma agenda no dia da matrícula ♥) na mochila ela disse "você só vai levar isso, não vai levar caderno?" e eu "mas é claro mãe, é só aula inaugural não preciso levar nada" QUEM DISSE Gastei umas três páginas da agenda só anotando coisa daquela aula. Passei a ouvir mais o que minha mãe diz. Enfim, foi a primeira aula, rolou a aquela série de "Turismo era primeira opção? Por que escolheu Turismo?" etc. E foi legal ver que eu não era a única que a sequência de respostas era "Não. Não sei"

Seguindo, quando peguei a grade e vi essa disciplina fiquei meio ????? e agora eu mesma não entendo porquê eu reagi assim. Agora que eu já tive a matéria faz todo sentido. Turismo envolve viagem. Viagem envolve deslocamento. Deslocamento precisa de transporte. Faz todo o sentido. Fizemos um trabalho junto com os alunos da UFF que a intenção era criar um meio sustentável de ligar Rio e Niterói usando transporte(s). Mas na real meu grupo foi só de pessoas da minha faculdade mesmo então acabou que nem foi junto. Mas tiveram grupos mistos também. Nosso trabalho não ficou bom. Mas consegui uma nota final boa. 

Na terça de manhã tinha Meios de Hospedagem e sinceramente foi a disciplina que mais me decepcionou, tinha colocado uma expectativa enorme. Eu achei que a professora não sabia (?) dar aula direito. E na real nem foi só eu que achei isso, boa parte da turma achou a mesma coisa. Mas segue de aprendizado aí pra não depender de professor né. Mas ainda assim foi muito legal, visitamos duas redes de hotel, o Windsor Copacabana e o Sheraton São Conrado. Fizemos dois seminários que eu curti demais e que meu grupo foi bem. 

Na terça a tarde tinha Produção de Eventos. Enquanto ainda tá na parte teórica é bem chatinha e cansativa mas a parte teórica é necessária pra conseguir fazer o evento, e nós fizemos!!! A turma se dividiu em várias comissões, eu fiquei em alimentos e bebidas (a famigerada a&b) mas na real a gente também cuidou da decoração e limpeza. Eu gostei muito dessa matéria e amei produzir o evento (me senti muito importante). Foi legal ver os pontos fracos e fortes, enfim. Foi muito legal. 

Quarta de manhã era Metodologia Científica. Apenas a melhor professora. Sobre a disciplina eu não tenho muito o que dizer, é metodologia. Apenas que: melhor professora. O trabalho final era individual e foi tipo um mini tcc. Essa prévia já foi o suficiente pra eu me desesperar por esse bendito tcc. 

Quinta de manhã Agenciamento, segunda melhor professora. Foi uma matéria que gostei muito. Apresentamos um trabalho final/seminário, individual também. Cada um tinha um tema, o meu foi passaporte. Eu fiquei muito feliz com o trabalho que apresentei mas pensando agora acho que poderia ter feito mais coisas. A professora elogiou bastante, aliás ela elogiou a turma toda e falou várias coisas legais no último dia foi motivador (e lindo!!!). 

Por fim, na sexta de manhã tinha Teoria Geral do Turismo I. E pra mim foi aquela disciplina pra me acordar e falar OW VOCÊ TÁ NA UNIVERSIDADE sabe? Não que nas outras disciplinas não tenham ocorrido momentos pra me lembrar disso, mas essa foi toda pra isso. Eu peguei prova final ): Mas na real eu já esperava. Gostei que abriu mais meu pensamento pra eu acordar para as coisas que acontecem nesse Brasilzão. 

Também conheci um site e um blog sobre turismo muito legais que estão me incentivando muito, o Panrotas e o Vivenciando Turismo. E apesar de dificuldades em algumas disciplinas passei com louvor e vamo que vamo segundo período.